quinta-feira, 19 de julho de 2012

Oficina no Capão Redondo

Não podiam faltar: banana-da-terra e matinhos comestíveis que encontrei
no quintal da casa. E ainda carambolas, que alguém trouxe e serviram pra
decorar - queria tê-las feito grelhadas, mas fica pra próxima
A Ivana postou as fotos no Doidivana: http://doidivana.wordpress.com/2012/07/18/neide-rigo-no-cras-campo-limpo/

Ontem foi dia de oficina de culinária para representantes e funcionários de cozinha de várias organizações assistenciais da zona Sul que têm convênio com a prefeitura. Foram duas turmas, de manhã e de tarde, e estive à frente delas a convite do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) de Campo Limpo, sob supervisão de Marly F Martins dos Santos, por  indicação de minha prima Ivana, que também trabalha lá e que acompanhou as duas atividades - tendo que ouvir os mesmos blablablás em duplicidade. A Flora, minha sobrinha que está hospedada aqui, foi promovida a ajudante imprescindível. 


O pão de abóbora foi irmanamente divido com as mãos

A aula foi muito parecida com a que dei em Acrelândia, também no Cras, com a diferença que lá as alunas eram as próprias atendidas pelo serviço e desta vez o espaço não era exatamente do Cras e sim do Sasf (Serviço de Assistência Social à Família 1) de Capão Redondo. Mas até o fogão trazido da copa  improvisadamente, as mesas com toalha de plástico e as cadeiras brancas eram  parecidas. O pão de abóbora e o quiabo também. Mostrei ainda o pastelzinho de banana,  pelo qual ando mais ou menos fissurada e o jiló recheado. Só a quantidade de alunos foi bem maior no dia de ontem. E, apesar de a aula ter ficado um pouco espremida, fiquei feliz de ver o empenho de muitos participantes no concurso de culinária com tema definido pelo Cras  "Um legume para fazer sobremesa ou Uma fruta para fazer um salgado". Havia farofa de melancia, doce de chuchu, compota de cenoura, pudim de beterraba, sanduíche com morangos e muitas outras invenções interessantes. Foi um dia bem gostoso e cansativo, mas depois de chegar em casa com as tralhas,  sem forças para preparar um jantar que não fosse um caldo aportuguesado mais rápido que miojo, estou preparada pra outra como uma alentejana de outrora. 


Mais rápido que um miojo, reconfortante: caldinho de coentro, alhos e ovo
escalfado sobre pão integral, à moda da açorda alentejana

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma açordinha de coentros...
Atão, n'avera de ser, oh comadre?
Uma beijoca
Manuela Soares

Neide Rigo disse...

Manuela, que bom ouvir isto de uma portuguesa autêntica! Beijo grande, N